Após a Nota (Protocolo Coronavírus) da Reitoria que suspende as aulas até terça-feira (17/03) e o recente Decreto 46.970 de 13/03/20 dado pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, muitos alunos ficaram em dúvida quanto ao procedimento do IFRJ e surgiram muitas especulações. Levando isso em conta, o Jornal Méson resolveu entrevistar o Reitor Rafael Almada, dia 13/03, por telefone, para divulgar aos alunos sobre o COVID-19 e orientações da Reitoria para os alunos.
Jornal Méson: O decreto divulgado pelo Governador Witzel se aplica ou não aos alunos do IF?
Rafael Almada: A nota da Reitoria permanece a mesma, somente com suspensão das atividades no IFRJ até dia 17/03. Como diz a nota, foi criado o Comitê Operativo Emergencial, que realizará uma reunião na próxima segunda-feira (16/03) para discutir as próximas ações a serem tomadas.
Jornal Méson: Está em cogitação a antecipação de férias no IFRJ?
Rafael Almada: A ideia não está descartada e será discutida no comitê. Até terça-feira informaremos aos alunos sobre as decisões finais.
Jornal Méson: Irá ocorrer a disponibilização de álcool em gel nas escolas?
Rafael Almada: Foi providenciada uma compra emergencial de álcool em gel e, também, ocorrerá a sua produção nos laboratórios dos próprios campi, com a ajuda, inclusive, de alunos.
Jornal Méson: Para a Reitoria, que preocupações específicas os alunos devem ter?
Rafael Almada: Qualquer estudante ou servidor que suspeite que tenha o vírus ou apresente os sintomas nos campi, deve contatar o posto médico da instituição e seguir com as indicações futuras. Se a doença for confirmada, o aluno receberá um plano individual de ensino durante sua quarentena, realizando atividades em casa. Se o exame ao coronavírus der negativo, o aluno poderá retornar às aulas normalmente.
Jornal Méson: Quais as orientações específicas para os médicos dos postos médicos do IFRJ?
Rafael Almada: Os médicos estão preparados com o protocolo que identifica a contaminação do vírus, que também está disponível na nota da Reitoria.
Jornal Méson: Por que 5 dias e não 15 como algumas universidades pelo Rio?
Rafael Almada: Chegamos a essa decisão correspondendo aos 5 dias de incubação da doença, a partir do momento da suspensão da aula.
Jornal Méson: Quer deixar alguma consideração final para os alunos do IF?
Rafael Almada: Essa foi uma medida preventiva, não existem casos da doença confirmados na escola, apenas a suspeita de 1 professor e 1 estudante. Peço que reforcem a ideia de ficar em casa, evitar multidões e aglomerados de pessoas, evitar muito contato físico como abraços e apertos de mão calorosos.
Fatos anteriores à entrevista
No dia 12/03 o IFRJ divulgou no site a Nota (Protocolo Coronavírus) na qual informou que as aulas estão suspensas de 13 a 17 de março. E tornou público o seu protocolo em caso de suspeição e confirmação de coronavírus, com orientações diversas para toda a comunidade do IFRJ (alunos, médicos, servidores, professores e público em geral).
Além disso, o Reitor do IFRJ criou, pela Portaria n.º 062/2020 de 12/03, o Comitê Operativo Emergencial para avaliar os impactos e medidas que serão tomadas nas próximas semanas no que se refere às mudanças nas rotinas e atividades acadêmicas no âmbito do IF. O Comitê é composto por representantes da Reitoria e campi, entre eles o aluno Paulo Borges do campus Maracanã da turma FM381 e ex editor-chefe do Jornal Méson, conforme a Portaria n.º 063/2020, também do Reitor.
Pode-se conferir a nota em:
Entrevistador e escritor - Tiago Aldrovando, Diretor de Comunicação
Foto extraída do canal IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro, no Youtube
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