Leitores, amigos, alunos, funcionários e a quem mais possa interessar essa breve coluna: vimos nas últimas semanas um cenário apocalíptico instaurado no nosso querido Instituto, mais especificamente no espaço de convivência, o Ping. Espaço esse que fizemos amizades, matamos aulas, estreitamos laços, beijamos na boca, esquentamos nossos almoços e reclamamos de professores (alô, M*L**!). Esse espaço, em que adquirimos e aprimoramos nossas habilidades em esportes de mesa e realizamos batalhas épicas de Ping-Pong e truco, chegou perto de seu fim - pela segunda vez.
Contextualizando para os calouros e desinformados, a primeira vez em que quase perdemos o Ping no presencial pós-pandemia, foi quando os superiores decidiram pôr uma penca de computadores e tomadas no lugar da mesa de jogos que nos proporcionava lazer. E fazendo alusão a esta época tenebrosa de cabos desorganizados e wallpapers de 2 pixels, a comparo com o recente acontecimento do dia 24/03: a oficina de artes de um projeto de extensão de alunos e professores. De modo um tanto desordenado, diversas “artes” foram preenchendo nossa enorme parede vazia.
Bom, o resultado, apesar de possuir uma estética nada agradável visualmente, foi do gosto de uma minoria. Porém as críticas não demoraram a chegar, dando espaço para um debate que não tenho linhas suficientes disponíveis para citá-lo devidamente. O que importa é que o nível energético do ambiente ficou tão baixo que não se via nem os fiéis frequentadores do Ping por lá. O lugar ficou tão vazio nesses dois dias que era possível ver aquelas bolas de feno correndo pelo chão tal como os filmes do Velho Oeste demonstram. O Ping quase foi perdido novamente, mas dessa vez, abandonado pelos alunos.
Apesar de parecer, esse texto não é um texto fúnebre com diversas lamentações e alfinetadas entrelinhas, pois apenas dois dias depois do início deste capítulo na história do IFRJ, 27/03, este grande obstáculo na saúde mental dos alunos fora resolvido e o Ping já estaria com sua cara antiga, fora repintado durante o fim de semana e já está todo branquinho novamente. E a razão para tal reparo ter sido feito tão rapidamente, nunca saberemos por completo, porém você pode escolher acreditar no que dizem as más-línguas pelos corredores deste colégio...
Não podemos negar que os resultados da resolução dessa situação atípica foram imediatos: a população local já está de volta e o grupo de WhatsApp “Veteranos & Calouros 23.1” nunca esteve tão animado.
O que podemos tirar de moral dessa história, é que talvez o Ping seja uma espécie de fênix que sempre está ressurgindo das tintas, ops, cinzas.
– Mário
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